O que a gig economy tem a ver com doenças relacionadas ao álcool

  • 11/04/2024
(Foto: Reprodução)
Pesquisa mostra que trabalhos precários no início da vida adulta aumentam o risco de enfermidades associadas ao consumo excessivo de bebida. Ter a carteira assinada vem se tornando artigo de luxo. Um número cada vez maior dos jovens (e maduros!) só encontra trabalhos temporários, ou sob demanda, sem vínculo empregatício: é a chamada gig economy. O que uma pesquisa recém-lançada mostra é que a insegurança profissional no começo da vida adulta está associada a um risco aumentado para doenças relacionadas ao álcool na maturidade. O estudo foi publicado na revista “Occupacional & Environmental Medicine”. Pesquisa mostra que trabalhos precários no início da vida adulta aumentam o risco de enfermidades associadas ao consumo excessivo de bebida Rebcenter-moscow para Pixabay A prevalência da precariedade no trabalho, uma característica marcante do século XXI, se traduz em remuneração baixa e falta de proteção. As consequências para a saúde mental acarretadas por esse quadro de insegurança vêm chamando a atenção de especialistas. Pesquisadores suecos analisaram registros de mais de 300 mil trabalhadores daquele país, nascidos entre 1973 e 1976. As informações foram coletadas em 1992 e 2006, quando os participantes tinham entre 19 e 30 anos. Seu status profissional foi dividido em cinco grupos: emprego precário; desemprego por um longo período (pelo menos 180 dias); emprego abaixo do padrão; emprego padrão; e outros, para incluir os que atuavam por conta própria ou ainda estudavam. Os dados foram cruzados com os de saúde que indicavam internação: especificamente, os de distúrbios mentais e de comportamento atrelados ao álcool. Aqueles que enfrentavam a precariedade profissional tinham 43% mais chances de apresentar um quadro de doenças relacionadas ao álcool, se comparados com os que possuíam um emprego estável; e o risco dobrava para os desempregados. Eram em sua maioria do sexo masculino e com um grau de escolaridade mais baixo. Aproveito para citar uma outra pesquisa, também saída do forno, sugerindo que mais de meio milhão de mortes causadas por acidente vascular cerebral no mundo podem estar ligadas às mudanças climáticas. Essa foi publicada na revista “Neurology”, da Academia Americana de Neurologia. Os cientistas se debruçaram sobre 30 anos de registros de saúde de 200 países. Em 2019, 521.031 mortes por derrame estavam associadas a temperaturas inadequadas, notadamente as mais altas; e o número de pessoas que sobreviveram com sequelas chegava a 9.4 milhões. Na segunda-feira, relatório divulgado pelo observatório europeu Copernicus mostrou que março de 2024 foi o mais quente já registrado – este foi o décimo mês consecutivo de recorde de calor no planeta, segundo os cientistas. Moral da história? Tudo se conecta – políticas públicas, economia, meio ambiente – e os efeitos adversos atingem em cheio o distinto cidadão. Existe bebida alcoólica que dê mais ou menos ressaca?

FONTE: https://g1.globo.com/bemestar/blog/longevidade-modo-de-usar/post/2024/04/11/o-que-a-gig-economy-tem-a-ver-com-doencas-relacionadas-ao-alcool.ghtml


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