Inteligência artificial é capaz de prescrever a dose certa para o paciente, diz cientista

  • 25/02/2024
(Foto: Reprodução)
Dean Ho dirige o Instituto de Medicina Digital da Universidade Nacional de Singapura “As pessoas diferem umas das outras e nós vamos sofrendo mudanças ao longo do tempo, mas ainda nos guiamos por tratamentos baseados em dados populacionais, quando a inteligência artificial é capaz de recomendar doses às vezes até menores, mas mais apropriadas e eficazes para combater uma doença”. Dean Ho, diretor do Instituto de Medicina Digital da Universidade Nacional de Singapura: “os avanços na saúde digital tornam possível que o médico se baseie na jornada pessoal do paciente” Divulgação Quem faz a afirmação, sem medo de ferir os cânones da medicina, é Dean Ho, diretor do Departamento de Engenharia Biomédica e do Instituto de Medicina Digital da Universidade Nacional de Singapura. Suas críticas vão de encontro à fé inabalável dos médicos nos dados epidemiológicos, que apontam a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, propondo medidas de prevenção e erradicação de doenças baseadas nas estatísticas. O professor Ho garante que não tem nada contra os a massa de informações consolidadas sobre a população (“big data”), mas sua bandeira é fazer com que a história do paciente seja valorizada: “Os avanços na saúde digital tornam possível que o médico se baseie na jornada pessoal do paciente, nos biomarcadores específicos daquele indivíduo, em vez de eleger dados relativos à toda a população para nortear o tratamento”. Em entrevista no canal da universidade, lembrou que, há dez anos, quando abordava o assunto, invariavelmente a resposta era: “de jeito nenhum!”. No entanto, o tempo se encarregou de mostrar que estava certo e é com orgulho que desfia histórias que ratificam suas teses. Como a do paciente com câncer de próstata em estágio quatro que não reagia ao protocolo convencional: “Normalmente, administra-se a dose máxima para combater o câncer, mas o que vimos, de acordo com os biomarcadores do paciente, é que a dose ideal deveria ser 50% menor. Embora a toxicidade do tratamento o levasse a ser internado com frequência, os clínicos eram contra, mas aquele homem não tinha mais opções, e a mudança lhe garantiu qualidade de vida. A otimização da saúde é dinâmica e altamente individualizada, e busca o que é seguro para cada um. Nosso objetivo é permitir que todos tenham acesso a um leque maior de possibilidades”. Sua “varinha mágica” é a CURATE.AI, plataforma de inteligência artificial que reúne todas as informações do paciente e monta uma abordagem personalizada, sob medida para cada um – não apenas em casos de câncer, mas também para doenças crônicas. Ho defende uma expansão dos biomarcadores que são monitorados e uma “visão longitudinal da saúde”, isto é, o armazenamento do histórico das pessoas ao longo da vida. Isso é feito apenas com os bebês, em seus primeiros anos de vida, e, nos anos seguintes, a maioria se limita a um exame de sangue por ano – quando muito!

FONTE: https://g1.globo.com/bemestar/blog/longevidade-modo-de-usar/post/2024/02/25/inteligencia-artificial-e-capaz-de-prescrever-a-dose-certa-para-o-paciente-diz-cientista.ghtml


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