Fatores sociais e ambientais estão relacionados a derrames e doença coronariana

  • 02/04/2024
(Foto: Reprodução)
De acordo com a Associação Americana do Coração, áreas que acumulam indicadores ruins dobram os riscos dessas enfermidades. Poluição, áreas de despejo de resíduos, com tráfego pesado e poucos espaços verdes. Esse conjunto de atributos negativos nos locais onde as pessoas vivem está ligado ao risco aumentado para doença cardiovascular e derrame, o acidente vascular cerebral. E não se trata de um índice desprezível: de acordo com a Associação Americana do Coração (AHA em inglês), as chances de enfrentar um desses quadros simplesmente dobra. A entidade também levou em conta os aspectos de vulnerabilidade social dos indivíduos, como renda, educação, nível de emprego, moradia, acesso à internet e ao sistema de saúde. Atributos negativos nos locais onde as pessoas vivem, como poluição e despejo de resíduos tóxicos, estão ligados ao risco aumentado para doença cardiovascular e derrame ds_30 para Pixabay “Nosso estudo é o primeiro a examinar a combinação de fatores sociais e ambientais e como eles interagem, causando impacto grave na saúde. E não basta ajustar as condições sociais sem mexer nas ambientais”, afirmou o cardiologista Sarju Ganatra, autor sênior do trabalho. Os pesquisadores utilizaram o Índice de Justiça Ambiental (Environmental Justice Index), desenvolvido para medir a desigualdade ambiental no país. A pesquisa apontou ainda que: Pessoas vivendo em vizinhanças de vulnerabilidade ambiental apresentavam um quadro de obstrução das artérias 1.6 maior que o do resto da população; e o dobro de risco para um AVC. Os fatores de risco para o surgimento de doença cardiovascular também estavam presentes numa taxa acima das existentes em lugares menos degradados: havia o dobro de chances para diabetes tipo 2; 1.8 de aumento de risco para doença renal; e uma vez e meia para hipertensão e obesidade. Representando cerca de 30% dos norte-americanos na faixa entre 18 e 44 anos, 21% dos afrodescendentes e hispânicos residem em áreas com severos níveis de carga ambiental. A situação é bem conhecida dos brasileiros. O Instituto Trata Brasil estampa um “esgotômetro” em seu site com números assombrosos: diariamente, são despejadas na natureza 5.582 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento. Quase 100 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta de esgoto. Some-se a isso a precariedade das habitações e a desigualdade social e não haverá SUS que dê conta das doenças crônicas da população. Vai cair? Veja como o envelhecimento populacional pode ser abordado no vestibular

FONTE: https://g1.globo.com/bemestar/blog/longevidade-modo-de-usar/post/2024/04/02/fatores-sociais-e-ambientais-estao-relacionados-a-derrames-e-doenca-coronariana.ghtml


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