Como reverter uma triste desvantagem masculina

  • 12/12/2023
(Foto: Reprodução)
Pesquisadores afirmam que talvez seja preciso investir na saúde mental dos homens para mudar o quadro de menor expectativa de vida entre eles. Há quase um século é sabido que as mulheres vivem mais do que os homens. Segundo o IBGE, no Brasil, uma pessoa nascida em 2022 tem a expectativa de viver, em média, até os 75,5 anos. No entanto, se for homem, a projeção é de 72 anos, enquanto, para as mulheres, chega a 79. Nos Estados Unidos, a diferença é de quase seis anos, mas o que pesquisadores das universidades da Califórnia e Harvard constataram é que ela vem aumentando desde 2010. Menor expectativa de vida dos homens: investimento na saúde mental pode mudar o quadro fsHH para Pixabay A Covid-19 e a epidemia de opioides foram dois dos principais motivos para deixar os homens para trás em termos de expectativa de vida nos EUA, mas há outros fatores em jogo: ferimentos não intencionais, overdoses, acidentes e suicídios. De 2010 a 2021, a diferença passou de 4,8 para 5,8 anos – a maior desde 1996. Durante a pandemia, mais homens morreram devido a complicações causadas pelo vírus, o que pode ser explicado por uma exposição maior devido ao trabalho, mas questões culturais, como a relutância em buscar atendimento, tiveram peso. Entretanto, a pesquisa, publicada na revista científica “JAMA Internal Medicine”, vai além e atribui parte do cenário às chamadas “mortes por desespero”. O termo abrange também casos de depressão severa e cirrose decorrente do abuso de álcool. “É uma tendência preocupante, que levanta uma discussão sobre a necessidade de investir na saúde mental masculina a fim de reverter essa disparidade”, afirmou Brandon W. Yan, um dos autores do estudo. De acordo com dados do Ministério da Saúde, nos serviços de atenção primária, para cada quatro atendimentos individuais para usuários entre 20 e 59 anos, apenas um é do sexo masculino. Até os 80 anos, os homens morrem mais que as mulheres em todas as faixas etárias, além de terem mais mortes prematuras entre 30 e 69 anos, devido a doenças crônicas não transmissíveis (como hipertensão e diabetes) e causas externas, que representam as principais causas de internações hospitalares entre os 20 e 59 anos. Barreiras culturais impedem o autocuidado masculino e abreviam vidas.

FONTE: https://g1.globo.com/bemestar/blog/longevidade-modo-de-usar/post/2023/12/12/como-reverter-uma-triste-desvantagem-masculina.ghtml


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