Ansiedade ou preocupação? Descubra o que você está sentindo

  • 10/12/2023
(Foto: Reprodução)
Superestimamos a possibilidade de eventos ruins ocorrerem e subestimamos nossa capacidade de lidar com coisas que nos amedrontam, diz especialista Desde o início da pandemia da Covid-19, há quase quatro anos, o número de casos de ansiedade e depressão cresceu exponencialmente em todas as faixas etárias. Pesquisadores da Universidade de Northwestern lançaram, no fim de novembro, estudo revelando que o grupo entre 18 e 39 anos é o que ainda sofre mais intensamente, não tendo se recuperado tão bem quanto os indivíduos entre 40 e 59 anos. A conclusão se baseia em levantamento realizado pelo US Census Bureau, o equivalente ao IBGE nos EUA, entre 2020 e 2022, sobre como as pessoas estavam se sentindo. Guy Winch: o primeiro passo para controlar a ansiedade é reconhecê-la TEDTalks Analisando questionários preenchidos por mais de 3 milhões de adultos, entre 18 e 59 anos, os pesquisadores viram que, entre os mais jovens, as taxas de ansiedade e depressão eram maiores. Mesmo depois da criação das vacinas contra o vírus, tais sentimentos não diminuíam, e a precariedade financeira tinha um grande peso para esse grupo. Durante a quarentena, o psicólogo e best-seller Guy Winch – um de seus livros, “Como curar suas feridas emocionais”, está disponível em português – alertava que o trauma era um dos principais riscos da pandemia. Empenhado em popularizar conceitos terapêuticos, sua palestra “Por que todos precisamos praticar primeiros-socorros emocionais” foi vista por mais de 13 milhões. Em seu site, ensina a identificar a ansiedade: “Como a ansiedade se manifesta de maneira vaga – por exemplo, o medo de voar – fica difícil interferir para ter controle sobre a situação. Já a preocupação é concreta e envolve uma tomada de decisão clara: para não perder o voo por causa de filas no aeroporto, será necessário sair cedo de casa. A ansiedade faz com que superestimemos a possibilidade de eventos ruins ocorrerem (aviões são mais seguros do que carros). Também nos leva a subestimar nossa capacidade de lidar com coisas que nos amedrontam, afetando nossa autoestima. Uma apresentação ruim pode ser algo embaraçoso, mas todos sobrevivem ao evento”. O doutor Winch ensina que, quanto mais tentamos evitar o que nos deixa ansiosos, maior seu efeito sobre nós. De um modo geral, ficamos ruminado o pior cenário possível, sem considerar que há toda uma cadeia de eventos antes da hecatombe que se delineia em nossa cabeça acontecer. Seguem seus conselhos para identificar e controlar a ansiedade: O primeiro passo é reconhecê-la, dar nome ao sentimento que está apertando seu peito ou fazendo com que perca noites de sono. Na verdade, o que parece iminente e inevitável talvez nem venha a ocorrer. Descatastrofize os pensamentos negativos: tenha em mente que muitas coisas têm que dar errado para o pior cenário, que fica martelando na sua cabeça, se materializar. Respire: a ansiedade leva a uma respiração rápida e curta, que só piora a situação. Ponha uma mão sobre o peito e a outra sobre a barriga. Em seguida, inspire lentamente, contando até quatro, e prenda a respiração por dois segundos; depois, expire contando até quatro e segure o ar por dois segundos. Certifique-se de encher e esvaziar os pulmões, repetindo o procedimento por pelo menos três minutos. Solução do problema: o que pode ou deve ser feito para minimizar a questão? Se a origem da ansiedade é uma apresentação no trabalho, você treinar com alguém para se sentir mais confiante? Cheque se sua respiração voltou ao normal e, se precisar, repita o exercício. Depois, faça algo que demande sua concentração, por cinco minutos, para distrair sua atenção da “ruminação”. Ele conta que se valeu bastante desse procedimento quando seu irmão gêmeo foi diagnosticado com um linfoma.

FONTE: https://g1.globo.com/bemestar/blog/longevidade-modo-de-usar/post/2023/12/10/ansiedade-ou-preocupacao-descubra-o-que-voce-esta-sentindo.ghtml


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